sábado, 26 de dezembro de 2009

AMIGO


Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.


Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.


Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.


Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.


Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.


Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.


Albert Einstein

Princípios Básicos da Paternidade Responsável


Princípios da Paternidade


01- Amar seu filho acima de qualquer coisa;

02- Entregar-se;

03- Protegê-lo;

04- Dar-lhe segurança;

05- Nunca abandoná-lo;

06- Ser próximo;

07- Dar-lhe princípios;

08- Ser o melhor exemplo;

09- Educá-lo com amor;

10- Nunca lhe fazer mal ou agredi-lo;

11- Ser verdadeiro;

12- Ajudá-lo a ser feliz;

13- Ensiná-lo a amar;

14- Ensiná-lo a respeitar a vida;

15- Ensiná-lo a transferir a seus filhos seus preceitos;

16- Mostrar o valor da família;

17- Ter em Deus a sua Essência.

Autoria Desconhecida

"Se quiser por à prova o caráter de um homem,

dê-lhe poder".

Abraham Lincoln





PERDÕE-ME POR ME ELEGERES

Autoria desconhecida

"Caro eleitor, perdõe-me por você gastar todo seu décimo terceiro salário para pagar dívidas, enquanto eu e minha família viajamos para vermos o natal em Nova York , com meu décimo quarto ou décimo quinto salário às custas do seu suado imposto e de suas taxas recolhidas.

Perdõe-me por você ter que andar a pé ou de ônibus lotados ou mesmo pagar altíssimos preços no combustível e pedágio ,enquanto eu só ando de avião.

Perdõe-me por elevar meus gordos salários em votações relâmpagos e para aumentar seu misero salário mínimo em R$ 20,00 ou R$ 30,00, eu penso, penso e penso.

Perdõe-me por você trabalhar de 3 a 4 meses somente para pagar impostos para o governo e eu usar estes e mais outros 3 ou 4 meses de outros salários para comprar minha enorme casa de praia.

Perdõe-me por eu achar que o dinheiro público é meu.

Perdõe-me por eu não ter querido abrir mão de jeito nenhum dos 40 bilhões da CPMF, pois já gastei esse dinheiro, sinto muito, mas precisava muito dele.

Perdõe-me por todas as vezes que você precisou de médico e ficou horas e horas na fila de espera e no caso de especialistas meses e meses, enquanto eu, quando sinto uma pequena dor no dedo do meu pé, eu freto um jato e vou direto para o hospital Albert Einstein onde sou atendido na hora.

Perdõe-me por não ter me empenhado tanto na questão de segurança pública, deixando você e a sua família em cárcere privado com os bandidos soltos lá fora, enquanto eu não posso abrir mão, de jeito nenhum, dos meus seguranças particulares.

Perdõe-me por você ter que colocar seus filhos estudando em escolas públicas onde a educação não é lá estas coisas ou ter que gastar boa parte do rendimento em escolas particulares, enquanto meus filhos estudam no exterior.

Perdõe-me por eu precisar vender as rodovias federais e estaduais, apesar de você e seus antecedentes já tê-las pagas com seus IPVAs, CIDs; sinto muito, mas tivemos que entregá-las de mãos beijadas para empresas privadas, e hoje você tem que pagar um alto preço para ir e vir, enquanto eu só as vejo de cima, em aviões luxuosos.

Caro eleitor, aproveitando o ensejo, só posso dizer que sinto muito por tudo isso e gostaria de mais uma vez, poder contar novamente com seu voto para que dessa vez eu possa mudar este país para melhor".


O ANALFABETO POLÍTICO


Bertolt Brecht
O pior analfabeto
É o analfabeto político,

Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio

Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.


O diabo e a política

Carlos Heitor Cony


Naquela aldeia, todos roubavam de todos, matava-se, fornicava-se, jurava-se em falso, todos caluniavam todos. Horrorizado com os baixos costumes, o frade da aldeia resolveu dar o fora, pegou as sandálias, o bordão e se mandou. Pouco adiante, já fora dos muros da aldeia, encontrou o Diabo encostado numa árvore, chapéu de palha cobrindo seus chifres. Tomava água de coco por um canudinho, na maior sombra e água fresca desde que se revoltara contra o Senhor, no início dos tempos.

O frade ficou admirado:

“O que está fazendo aí, nessa boa vida? Eu sempre pensei que você estaria lá na aldeia, infernizando a vida dos outros. Tudo de ruim que anda por lá era obra sua, assim eu pensava até agora. Vejo que estava enganado. Você não quer nada com o trabalho. Além de Diabo, você é um vagabundo!”.

Sem pressa, acabando de tomar o seu coco pelo canudinho, o Diabo olhou para o frade com pena:

“Para quê? Eu trabalho desde o início dos tempos para desgraçar os homens e confesso que ando cansado. Mas não tinha outro jeito. Obrigação é obrigação, sempre procurei dar conta do recado. Mas agora, lá na aldeia, o pessoal resolveu se politizar. É partido pra lá, partido pra cá, todos têm razão, denúncias, inquéritos, invocam a ética, a transparência, é um pega-pra-capar generalizado. Eu estava sobrando, não precisavam mais de mim para serem o que são, viverem no inferno em que vivem”.

Jogou o coco fora e botou um charuto na boca. Não precisou de fósforo, bastou dar uma baforada e de suas entranhas saiu o fogo que acendeu o charuto:

“Quando entra a política, eu dou o fora, não precisam mais de mim”.


Não deixe Para Amanhã

Não deixe Para Amanhã
Autor Desconhecido



Amanhã pode ser muito tarde

Para você dizer que ama,

Para você dizer que perdoa,

Para você dizer que desculpa,

Para você dizer que quer tentar de novo...

Amanhã pode ser muito tarde

Para você pedir perdão,

Para você dizer:

Desculpe-me, o erro foi meu!...

O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;

O seu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;

A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;

A sua carta, amanhã, pode já não ser lida;

O seu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;

O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços...

Porque amanhã pode ser muito...

Muito tarde!

Não deixe para amanhã para dizer:

Eu amo você!

Estou com saudades de você!

Perdoe-me!

Desculpe-me!

Esta flor é para você!

Você está tão bem!...

Não deixe para amanhã

O seu sorriso,

O seu abraço,

O seu carinho,

O seu trabalho,

O seu sonho,

A sua ajuda...

Não deixe para amanhã para perguntar:

Por que você está triste?

O que há com você?

Ei!...Venha cá, vamos conversar...


Cadê o seu sorriso?

Ainda tenho chance?...

Já percebeu que eu existo?

Por que não começamos de novo?

Estou com você.

Sabe que pode contar comigo?

Cadê os seus sonhos?

Onde está a sua garra?...

Lembre-se:

Amanhã pode ser tarde...

Muito tarde!

Procure.

Vá atrás!

Insista!

Tente mais uma vez!

Só hoje é definitivo!

Amanhã pode ser tarde...

FOLIA DE REIS DE MIRACATU


FOLIA DE REIS

Folias, ao lado de Ternos e Companhias, são designativos de ranchos, grupos de pessoas que se deslocam acompanhando-se de cantos e instrumentos. São grupos que, por devoção, por gosto ou função social peregrinam de casa em casa do dia de Natal até 6 de Janeiro, ponteando quase todas as regiões do Estado. Em cantoria, fazem uso de temas religiosos, da Profecia ao Nascimento de Jesus Menino, à Visita dos Reis Magos.

Cumprem sempre, aproximadamente, os mesmos rituais de chegada e despedida, visitando os amigos e os devotos, atendendo pedidos, tirando promessas (ajudando os devotos a cumprir suas promessas). Bastiões, marungos, palhaços, são personagens sempre presentes nestes folguedos, com máscaras confeccionadas nos mais diversos materiais (peles de animais, tecidos, napa, tela de arame, cabaças, papelão, colagem de papel); com trajes vistosos, divertem a todos com seus saltos acrobáticos, dançando, declamando romances tradicionais, jogando versos decorados. Quando em visita a uma casa, uma folia é motivo de festa para toda a rua. Folguedo mais expressivo e difuso em São Paulo, não se sabe ao certo quantas folias existem no Estado.

O QUE É A FOLIA DE REIS

A Folia de Santos Reis, Reisado, Companhia de Reis (muitos não gostam do termo "Folia" por não se tratar de uma brincadeira, mas de um trabalho sério, de fé e devoção) ou simplesmente Folia de Reis, são cortejos de caráter religioso que se realizam em vários estados do Brasil. Ocorre entre o Natal, 25 de dezembro, e a Festa de Reis, 6 de janeiro.

A Folia de Reis é um auto popular, um teatro do povo. É religioso, sagrado e ao mesmo tempo folclórico: conta a história oficial da Igreja Católica à luz da cultura popular tradicional. Por isso é tão rico e cheio de nuances. Trata-se da manifestação popular mais difundida do Brasil e rica em ritos e crenças próprias.

A Folia de Reis representa a história da viagem dos três Reis Magos à gruta de Belém. Reproduzindo de forma simbólica essa procissão, os grupos vão de casa em casa adorar o Menino Deus no presépio ou lapinha.

A possibilidade de improvisação individual, permite a recriação constante do ritual e quando estas criações individuais são aceitas pelo coletivo passam a ser incorporadas ao repertório das tradições desta comunidade, deste coletivo. Por isso, cada folia tem sua tradição de acordo com a região, os ensinamentos que são passados de geração em geração ou mesmo da forma de entendimento do mestre ou embaixador, a pessoa que lidera a folia.

ORIGEM

A Folia de Reis chegou ao Brasil com os portugueses, na era colonial. Aqui, espalhou-se por todas as regiões brasileiras, tanto nos pequenos povoados, como nas grandes cidades.

Câmara Cascudo ("Dicionário do Folclore Brasileiro") diz que no século XVI "inicia-se a dramatização com canto e dança, recebendo contribuição dos cantos populares e a produção literária anônima em louvação ao Divino Natal”.

A maioria dos estudos atribui origem Européia às folias, talvez relacionadas às “Jornadas de Pastorinhas”, meninas-moças que no período litúrgico do Natal percorriam as casas pedindo esmolas com finalidade assistências, usando a música como pedido e agradecimento.

As “Companhias de Reis” eram inicialmente um revisão camponesa do que as pastorinhas faziam nas cidades, que mudou com o tempo acrescendo ritos que são mantidos até hoje. As letras alteraram-se, mas as melodias são as mesmas, fazendo parte do cancioneiro religioso do catolicismo ibérico.


CARACTERÍSTICAS

As folias de reis são compostas por um número variado de participantes ou foliões. Podem aparecer vestindo uniformes, mas de forma geral, vestem roupas comuns, portando ou não uma echarpe branca em volta do pescoço, símbolo da pureza do Menino Jesus, de Maria e dos próprios foliões.

Caminham de casa em casa cantando e portando instrumentos como caixa, viola, violão, cavaquinho, rebeca, bandolim e sanfona variando sempre de região para região. As violas e os violões são enfeitados com fitas coloridas que podem carregar um simbolismo: as amarelas, cor-de-rosa e azuis podem simbolizar a Virgem Maria, sendo também que a cor-de-rosa tem por significado os doze apóstolos de Cristo. A fita branca representa o Divino Espírito Santo.

Os cantos são de "chegada", onde o líder ou embaixador pede permissão ao dono da casa para entrar, "saudação" à lapinha e "despedida", onde a Folia agradece as doações, a acolhida e se despede. O canto é tirado em solo pelo folião-mestre. Os outros foliões respondem em coro, inserindo a "requinta", um agudo bem prolongado. Em algumas regiões as canções de Reis são por vezes ininteligíveis, dado a sensação de um "caos sonoro" bem típico.

As danças são parte das folias e feitas normalmente pelos bastiões, palhaços ou alferes e podem ser diversas, conforme a região, como a dança-da-jaca, balanceado, cateretê, do meio dia e outras.

À frente do grupo caminha o bandeireiro ou bandeireira, pessoa responsável por carregar o símbolo que representa a folia: a sua bandeira. A bandeira possui várias configurações diferentes apresentando aspectos da folia que representa.

Feita normalmente de tecido, é enfeitada com flores de plástico ou de papel e fitas coloridas, sempre costuradas e nunca amarradas com nó cego ou alfinetes para, segundo a crença, não “amarrar” a Companhia ou atrapalhar sua jornada. Em algumas folias, as bandeireiras fazem uma revisão criteriosa nos enfeites para retirar aqueles que “amarram” a bandeira.

No corpo da bandeira são retratados temas variados, sendo os mais correntes a imagem dos Reis Magos ou da Sagrada Família. A bandeira se enfeita mais quando populares prendem nela os ex-votos como fotos, fitas ou pequenos objetos. Estes ex-votos a acompanham por toda a sua jornada ou peregrinação da folia e, ao término desta, são retirados e jogados em água corrente ou levados até o Santuário de Aparecida, na Região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo. Por tradição, não se pode jogar esses ex-votos em água parada, queimá-los ou guardá-los na casa dos foliões. Os adereços são sinal de devoção ou de cumprimento de promessa.

Sobre sua origem, é corrente a história de que, em agradecimento à visita ao Menino Jesus, os Santos Reis receberam de presente da Virgem Maria, um manto. Quando se afastaram, já na viagem de retorno ao Oriente, abriram o manto e viram nele a cena da visitação bordada, com os Santos Reis, a Sagrada Família, os animais e os pastores. Então, fizeram do manto uma bandeira e formaram a primeira Companhia de Reis, anunciando ao mundo o nascimento de Jesus.

RITUAL

As folias levam suas preces cantadas às casas dos foliões, porém sua função é precatória, ou seja, angariar fundos para a festa de 6 de janeiro, ou dia de Santo Reis.

Recebida a esmola, os foliões agradecem de formas variadas, podendo ser com danças e versos aos donos da casa. Geralmente, os donos da casa oferecem "pinga" da boa, café com biscoito ou até jantar.

A extensa seqüência ritual seguida pelos foliões consiste, basicamente, numa cantoria guiada pelo embaixador, na qual os foliões cantam diante do dono da casa pedindo licença para adentrar ou pousar. Entregam a bandeira com a imagem da Sagrada Família para os anfitriões que os recebe em sua casa. Cumprem promessas, cantam pedindo bênçãos aos moradores, pedem ofertas, agradecem os bens ofertados, pedem licença para se retirar da casa e, então, se preparam para a partida, podendo haver festa e bailes de encerramento e rito da entrega da doutrina.


PERSONAGENS

Respeitando as variações de cada lugar, podemos afirmar que, em linhas gerais, cada personagem envolvida no ritual da Folia de Reis exerce uma função.

Ao mestre ou embaixador, conhecido também por folião-guia, folião-mestre, capitão, gerente ou chefe, cabe a função de organizar e manter a coesão do grupo além de ser a voz que inicia as cantorias. É o posto mais alto da hierarquia dentro da Companhia e conhecedor dos fundamentos da folia, responsável pela transmissão dos saberes referentes à origem do grupo. Espera-se dele que conheça as tradições e toadas de Folias de Reis, pois há situações curiosas que exigem um conhecimento específico, como conta o senhor José Coppi, embaixador da Companhia de Sorocaba. Ele conta que houve situações em que a energia ambiental de uma casa era tão negativa que os instrumentos musicais da Folia se desafinavam sozinhos. Quando saiam daquele local os instrumentos voltavam à afinação. A Companhia conseguiu continuar graças aos conhecimentos do embaixador, que cantou uma toada especial para “quebrar” a sintonia daquele negativismo.

Os músicos, cantadores ou foliões são dividido por vozes, como quinta, contra-tala, tala, requinta. Especialistas em seus instrumentos procuram o aperfeiçoamento constante. Em coro, fazem as vozes da cantoria, compondo a toada característica da Companhia. Em outras regiões brasileiras é comum nas Folias a presença de pessoas caracterizadas de Reis Magos como personagens do grupo.

O bandeireiro ou bandeireira é a figura que, à frente da Companhia, conduz o símbolo que legitima o grupo, a bandeira. Sua função é cuidar da bandeira, contando com a proteção dos bastiões.

O festeiro, por sua vez, é a pessoa que se oferece e é escolhida para preparar a festa da chegada da bandeira.

O apontador de prendas anota todas as ofertas recebidas em um caderno.

Porém, o personagem mais curioso e mais intrigante é o “palhaço”, também conhecido como Bastião - corruptela de bastão que carregam e com eles, fazem malabarismos. Pai Juão, Catrina, Mocorongo, Malungo, Alferes, Mateus, Morengo, Pastorinhos são outros dos nomes que estes tão característicos foliões recebem pelo Brasil a fora. Vestidos com roupas coloridas usam máscaras feitas de vários materiais. (ver box: O bastião: guerreiro, palhaço e protetor).


O bastião: guerreiro, palhaço e protetor

Os Palhaços são os personagens mais curiosos das Folias de Reis. Sempre mascarados e vestidos com roupas coloridas, seguram em suas mãos a espada ou facão de madeira, com os quais defendem a bandeira. Se houver um encontro de bandeiras o Bastião deve defendê-la, cruzando sua espada com outros Bastiões sem dó! É o Bastião quem recolhe as ofertas, anuncia a chegada da bandeira nas casas, pergunta se o dono da casa aceita a visita, descobre as ofertas escondidas, “quebra os atrapalhos”, utilizando de gestos ou cerimoniais feitos por quem conhece a tradição.

O Cruzeiro de Flores é uma destas tradições muito antigas e que são utilizadas para testar o conhecimento dos Bastões: trata-se de uma cruz montada no chão com flores, em frente à porta de entrada da casa do visitado. Ao deparar com o Cruzeiro, o Bastião, e muitos acreditam que somente ele, deve recitar “profecias”, ou versos secretos.

O cruzeiro é formado por quatro braços. Para cada um deles o Bastião deve recitar uma “profecia” decorada e tradicional. Conforme encerra uma profecia, o Bastião desmancha um dos braços do cruzeiro com a ponta do seu facão, até desfazê-lo ao todo. Somente depois disso é que a Companhia pode adentrar no recinto e cantar as toadas. Ao contrário das toadas cantadas pelo embaixador, que são de improviso, as “palavras” ou “profecias” ditas pelo Bastião são decoradas.

Há muitas histórias que explicam o surgimento desses personagens. A mais comum é a que eram espias de Herodes que seguiram os Reis Magos para encontrar o Menino Jesus e matá-lo. Porém, ao encontrarem o Menino acabaram se convertendo. Com receio de serem mortos por Herodes, vestiam máscaras e viajavam com os Santos Reis. Iam à frente, fazendo graça e micagens para que Herodes não desconfiasse que eram seus próprios soldados.

Suas máscaras de papel ou couro imitam barbas e a postura de seus corpos invoca sentimentos inusitados, chamando nossa atenção. Na origem, as máscaras são para esconder seus rostos, para que Herodes não os reconhecessem como seus soldados, já que se converteram e tornaram-se protetores do Menino Jesus.

Trata-se de um personagem cômico, que pede as ofertas. É comum no meio rural, fazer o bastião “sofrer” antes de obter uma oferta. Às vezes o dono da casa se esconde e depois o surpreende, trava lutas corporais e agarramento sem nenhuma agressão física. Se o Bastião se sair bem, leva sua recompensa e recebe a oferta. Em outros locais solta-se um porco ensebado para que o Bastião o pegue. Esconder ofertas para que o Bastião procure e encontre é uma prática comum.

É de responsabilidade do Bastião, ainda, não permitir que lhe roubem a máscara ou a espada, afim de que a bandeira não fique “presa”. Para desprender a bandeira, o Bastião (ou o embaixador) deve dizer umas “palavras secretas”. Dizendo-as, a bandeira estará livre para prosseguir sua jornada.

Portanto além de curiosos, são intrigantes, sagrados e guerreiros, responsáveis pela proteção da bandeira e da folia.


FONTE: O Portal Cidades Paulistas


FOLIA DE REIS

REISADO DE PEDRO BARROS

MIRACATU – VALE DO RIBEIRA – SÃO PAULO


HISTÓRICO

À partir da construção da “Estrada de Ferro” Linha Santos-Juquiá, em 1912, portanto, a quase 100 anos, muitos trabalhadores vieram trabalhar na região e, entre eles, os portugueses, que trouxeram a tradição da Folia de Reis a comunidade ribeirinha.

No Bairro de Pedro Barros (Município de Miracatu), essa cultura tomou forma e se enraizou definitivamente entre seus moradores, se difundindo entre os demais munícipes, tanto que, todo o final de ano, a partir do dia 26 de dezembro, trinta foliões percorrem e visitam inúmeras casas, igrejas e escolas do Município e cidades circunvizinhas como: Pedro de Toledo e Itariri.

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Reisado de Pedro Barros – Miracatu – 1976

Nessas visitas, o grupo conta em forma de canto, a história do nascimento do menino Jesus, pedindo donativos para a festa que se realiza no dia 06 de janeiro (dia de Reis) e se encerra com um culto de Ação de Graças na igreja de “São Pedro”, em Pedro Barros, distrito de Miracatu, acompanhado de aperitivos, comidas e danças.

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Igreja de “São Pedro” – Bairro de Pedro Barros – Miracatu

O Reisado de Pedro Barros-Miracatu, tem sido destaque no Estado de São Paulo, tendo participado nos últimos três anos do programa “Viola Minha Viola” da TV-Cultura-SP (dia de Reis) e sendo acompanhado duas vezes nas visitas as casas e igrejas, pela TV-Tribuna, afiliada da Rede Globo.

Participou também do Revelando Vale do Paraíba, representando as Folias do Vale do Ribeira, abrilhantando o encontro de Foliões daquela região. Tem se apresentado também em diversas manifestações de caráter festivo, folclórico ou religioso.


Programa “Viola Minha Viola” – 2008.

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Revelando Vale do Paraíba – 2007.

O grupo mantém essa tradição com muitas dificuldades, e apesar de tudo, o amor e a dedicação a arte, são elementos primordiais para que uma cultura se mantenha sempre viva e pulsante.

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Desfile de Aniversário do Município de Miracatu – 2006.

É com muita satisfação e alegria, que gostaríamos de ter a oportunidade de participar do Programa no Canal Rural, para continuarmos a mostrar a nossa cultura, preservando aquilo que acreditamos ser umas das mais antigas do povo de Miracatu e Vale do Ribeira.

Miracatu, 09 de outubro de 2009.

Fonte : Laerte de Camargo Araujo


GERCINO ANTONIO DE LIMA

A ARTE DE GERCINO





MIRACATU - CESTEIRO - GERCINO ANTONIO DE LIMA
“Deixei minha terra,
Deixei meu país
A casa na serra
Onde fui feliz;
Mas tudo é diferente
Na terra distante
Estou num país novo
Um país de imigrantes”
(Fado Tradicional do Alentejo)

Um dos aspectos mais encantadores de nosso país, senão o mais de todos, é exatamente ser ele um somatório de influências, direções, estilos e tendências; tal soma o faz único, “cultura em gênese do diverso”, no dizer de Stefan Zweig, ou, no falar de Darcy Ribeiro, “terra de ninguéns que se tornaram alguéns “... Suas mãos e suas forças forjaram, do mais íntimo ao mais exposto, o corpo de nossa cultura; e, como sói acontecer, tais mãos revelam para nós a arte dessa soma...
Essas mãos, acolhidas no abraço de nossa terra, se dão, se entregam e deixam sua essência em arte, em belas e encantadoras peças que, em seu bojo, contam histórias de amor e criatividade...

UMA NOVA TERRA, UM NOVO OLHAR – No chegar a um novo espaço, o começo em adaptar-se, buscar saber desse novo saber-se capaz de superar a barreira da estranheza e, a partir daí, sentir-se integrado, adotando aquele torrão novo, ver-se parte, e aprender então a trilhar um horizonte novo...
Comecemos por Gercino Antônio de Lima, de Miracatu, Vale do Ribeira, que, deixando terra natal e adversidades para trás, chega com o passado do trabalho na terra, que continua em seu novo chão. Mas os olhos sempre atentos percebem novas formas de buscar-se, de descobrir novas atividades, e, por entre os cipós e embiras, pelas mãos igualmente criativas da mulher, revisita a infância e se descobre, por fim, artesão, e, a partir daí, o timbopeba, o cipó-macaco e tantas outras fibras deixam de ter mistérios e se transformam em utilidade, ornamento, criatividade. Da cadeira “parabólica” aos cestos e vassouras n feitos com seu jeito simples, peças que chamam a atenção pela beleza desde o trançado até o objeto final. “Minha vida é o artesanato; eu não vivo sem ele; no dia em que eu morrer, vão me encontrar agarrado num balaio”, diz, num riso franco e simpático.

FONTE: SUTACO

ARTESANATO COM A FOLHA DA BANANEIRA

vídeos sobre a fibra da banana

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ARTESANATO


A Tok & Stok foi buscar em Miracatu, município de 23 mil habitantes situado
no Vale do Ribeira (SP), um de seus lançamentos deste ano. Em novembro, a
rede de móveis e decoração coloca no mercado uma nova série de pufes,
fabricados com fibra de bananeira, reforçando, assim, a presença do
artesanato nas prateleiras de suas 26 lojas. “Foi um casamento feliz que
fizemos com os artesãos, que já dura 30 anos”, diz Edson Coutinho,
coordenador de tendências da varejista, considerada a maior distribuidora de
artesanato no país. Dos 10 mil itens que compõem a atual linha
da Tok & Stok, 600 são de diferentes tipos de artesanato, fornecidos por
cerca de 200 produtores.

ARTESANATO MIRACATUENSE - BANARTE

CURSO MINISTRADO PELA BANARTE EM ILHA COMPRIDA

CURSO MINISTRADO PELA BANARTE EM ILHA COMPRIDA

CURSO MINISTRADO PELA BANARTE EM ILHA COMPRIDA

PROJETOS DA BANARTE


Artesanato

O artesanato produzido no município com a utilização da fibra da bananeira, tornou-se, atualmente, uma importante fonte de renda para muitas famílias, tendo conquistado espaço no mercado interno e sendo exportado para vários países. A “Banarte” é uma cooperativa informal, composta por um grupo de artesãos, que utilizam a fibra na confecção de tapetes, baús, almofadas, jogos americanos, esteiras, bolsas, cachepôs, etc. Sua produção é comercializada na “Casa do Artesão” (em Miracatu), em lojas (C&A, Casa e Construção, Filhos da Terra Brasil, dentre outras), em feiras no município e na região, no Revelando São Paulo, no Museu da Casa Brasileira, na Guift Fair, na Casa Cor e na Maison e Objet (feira de decoração na França).

O cipó também é utilizado com sucesso na produção de artesanato. Com o cipó imbé, encontrado apenas em matas virgens, o pernambucano Gercino Antonio de Lima, deu o grande salto da sua vida. Ele trabalha há 36 anos com artesanato e vende suas peças na beira da Rodovia Régis Bittencourt.

Na Casa do Artesão, espaço cedido pela prefeitura, ficam expostos e são comercializados os trabalhos com a fibra da bananeira e com o cipó.



Banana + arte = Banarte


Grupo de artesãos do Vale do Ribeira conquista novos clientes na Craft Design

Em Miracatu, na Vale do Ribeira, desde 1997 a fibra da banana tem sido transformada em bolsas, jogos americanos, almofadas, baú, cubos para abajur e vários outros objetos de decoração. Nessa época o uso da fibra ainda não era conhecido e muitas experiências foram realizadas para aprimorar o uso do material. Hoje, o material já é reconhecido como matéria-prima típica do artesanato da região.

Creuza Marques de Queiroz, coordenadora da Banarte, grupo de 38 artesãos do município que recebem apoio do Sebrae-SP e da prefeitura de Miracatu, diz que esse panorama começou a mudar de uns três ou quatro anos para cá, quando seus produtos começaram a ganhar espaço em feiras e chegam hoje a consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro ou Curitiba em lojas como a Tok&Stok.

Prova disso é a obtenção de novos clientes durante a participação do grupo na 13ª Craft Design, uma das principais feiras de negócios voltada para lojistas, arquitetos, decoradores e profissionais ligados à decoração, realizada em São Paulo em agosto.

De acordo com Creuza, as quatro novas encomendas representam uma produção de 50 brindes, além média mensal de 500 peças. Entre os clientes, estão empresas de brindes e lojas de decoração. "Além disso, recebemos muitos pedidos de amostras". A Banarte participou da feira por meio do Programa de Artesanato do Sebrae-SP, que desde 2001 capacita 28 grupos do Estado de São Paulo, reunindo cerca de 200 artesãos.

Fibra da banana


A Banarte trabalha com trançado de fibra de bananeira, um dos principais produtos da região. É dos sítios da região que chega a fibra da banana, que é lavada e seca pelas artesãs antes de transformada em artesanato. Entre as ferramentas, as mais utilizadas são o tear, o quadro de pregos e as tradicionais agulhas de costura.

Mas o aprimoramento constante é também uma marca do grupo. Creuza conta que na mais recente oficina de design promovida pelo Sebrae-SP entre 9 e 11 de julho, as artesãs começaram a empregar a técnica de decoupage, que consiste no revestimento de superfícies com gravuras, só que no caso adaptada para a fibra da banana. "Com a decoupage, podemos começar a atuar também na linha de objetos para escritório, como blocos de anotação, pastas, bandejas para papel, porta-canetas e caixas de vários tamanhos".

Já na oficina de formação de preços, realizada em 21 de julho também pelo Sebrae-SP, também foi importante para as artesãs formarem uma idéia mais forte do produto que têm em mãos. "A gente aprende a levantar o custo da matéria-prima, da produção, distribuição, até o produto final".

A participação em feiras, conclui a coordenadora, tem sido fundamental para a divulgação do produto. Uma das mais importantes foi a Feira Internacional de Artesanato de Negócios da América Latina, realizada em São Paulo em março de 2008.

Mas o trabalho das artesãs de Miracatu e do Vale do Ribeira também já vem se transformando em referência. Tanto que no final de junho, o gerente do Sebrae-SP no Vale do Ribeira, Daniel de Almeida, foi um dos palestrantes convidados da XII Feira de Produtos e de Serviços Agropecuários, realizada em Fortaleza. Ali, ele falou sobre ecodesenvolvimento e geração de renda a partir do artesanato com a fibra da bananeira. "Nossa intenção é fazer do Vale do Ribeira a principal referência em artesanato em fibra de banana do país", avalia o gerente.

Serviço:
Banarte
Local: Miracatu, Vale do Ribeira
Endereço: Rua Silas Baltazar de Araújo, s/n, Jardim Miracatu, CEP: 11650-000
Tel.: (13) 3847-3634
E-mail: banarte@yahoo.com.br

Atendimento à imprensa:
Andreoli/Manning, Selvage & Lee a serviço do Sebrae-SP
Alessandro Atanes - Assessor de Comunicação
Tel.: (55 13) 9137-9010/ 3227-6663
E-mail: alessandro.atanes@andreolimsl.com.br


FONTE: SEBRAE/SP


Vale do Ribeira conquista mercado externo com arte que vem da banana

A banana sempre foi um dos pilares da economia no Vale do Ribeira, mas nunca rendeu o suficiente para tirar da região a condição de um dos quadriláteros mais pobres do Estado de São Paulo. Para piorar, muitos bananais convivem com a praga da broca, conhecida como moleque da bananeira, que provoca a redução dos cachos, trazendo prejuízos para o agricultor.

Para muitos, a solução está vindo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, que desenvolveu um manual de produção para utilização da palha e do fio da bananeira, extraídos do pseudocaule da planta. "A bananeira só dá frutos uma vez. Se estiver infestada com a praga, acaba contaminando os filhotes que nascem ao redor. Cortando o tronco, eliminamos as chances de proliferação das brocas, que se alimentam da reserva nutricional da planta", explica Evaristo de Castro, agrônomo responsável pelo departamento de agricultura e meio ambiente de Miracatu.

Os produtores estão descobrindo que as fibras retiradas dos troncos podem se transformar numa riqueza quase tão importante quanto a própria banana. No município de Miracatu, mais de 150 pessoas foram treinadas para extrair as fibras do pseudocaule da bananeira. Atualmente, 80 pessoas trabalham com o artesanato, sendo que a maioria faz parte da Banarte, uma cooperativa que conta com o apoio da prefeitura.

"Mudou completamente minha vida. Eu ficava em casa e agora tenho trabalho. Estou aqui há mais de quatro anos e adoro artesanato", diz Cristina Andréia Pinze Filippini, enquanto extrai as fibras. Além de reduzir a proliferação das brocas dos bananais, gera renda para muitos artesãos. "Com o trabalho, consigo pagar o aluguel e minhas contas. Quero ficar velhinha e caduca fazendo este trabalho que adoro", brinca Maria Dalva de Jesus, que está há quatro anos na Banarte. "O dinheiro que recebemos ajuda bastante. Coloquei piso na minha casa e comprei alguns móveis", conta Lenilda da Silva Salviano.

Cinco tipos de fibra
Do pseudocaule da bananeira, são extraídos cinco tipos de fibras. Até mesmo o miolo pode ser utilizado para se fazer papel. Cada fibra tem suas próprias características. Apenas uma delas (rendinha), por exemplo, aceita tingimento. Os artesãos as transformam em esteiras, tapetes, jogos americanos, cortinas, balaios, cestas, bolsas, chapéus, chinelos e outros produtos.

O artesanato da bananeira conquistou espaço no mercado interno e está sendo exportado para vários países. "É gratificante saber que o nosso trabalho está sendo reconhecido", diz Vanda de Oliveira Ramos, artesã da cooperativa há dois anos.
A prefeitura, que tem convênio com a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), corta os pseudocaules e os leva para os artesãos da Banarte. "A Sutaco é importante para emitir as notas fiscais", frisa Suzana de Lima Mendonça, presidente do Fundo Social de Solidariedade de Miracatu, responsável pelo sucesso do trabalho.
Na Casa do Artesão, espaço cedido pela prefeitura, ficam expostos e são comercializados os trabalhos com a fibra da bananeira. Muitos moradores da zona rural trabalham em suas residências, com material retirado das bananeiras de seus próprios sítios.
"Estou ensinando meus irmãos e minha família. O dinheiro que recebo dá para pagar as dívidas e me ajuda bastante", ressalta Valdicéia Lopes Vassão, que passou seus conhecimentos para vizinhos e amigos. Os artesãos da zona rural também são cadastrados pela Sutaco.

A Sutaco auxilia, o restante depende de engenho e arte
A Sutaco, vinculada à Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho (Sert), promove, desenvolve, divulga e comercializa o artesanato paulista. Coordenadora no Estado de São Paulo do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), a superintendência do trabalho estimula a produção do artesanato para criar oportunidades de geração de renda e emprego, resgatando formas tradicionais de expressão cultural do povo paulista.
Quase 30 mil artesãos estão cadastrados e possuem a carteira de identidade do artesão. Diariamente, aproximadamente 16 artistas são atendidos. Depois de se cadastrarem, podem emitir notas fiscais para seus clientes pela Sutaco. Em dezembro do ano passado, foram lançadas notas fiscais num total de R$ 900 mil.
Para fazer o cadastro, o artesão deve levar duas fotografias, um selo dos correios para envio da carteira, RG, CPF, comprovante de residência e três peças prontas de cada técnica artesanal que deseja cadastrar.

Novo sistema de registro está sendo desenvolvido para unir os dados do cadastro de artesãos com as informações a respeito das notas fiscais emitidas. O cruzamento desses informes possibilitará o lançamento de relatórios precisos sobre o artesanato paulista, como as técnicas que mais vendem e os artesãos que estão se destacando no Estado. Quando o novo sistema estiver funcionando, ele nem precisará levar fotos para o cadastro. Será ainda mais simples a emissão da carteira de associado.

Desde o início do mês, o novo site está pronto. São mais de 220 páginas com os trabalhos dos artesãos paulistas, ampliando sua divulgação e permitindo que as peças possam ser comercializadas para qualquer parte do mundo.

Autenticidade da peça
Além dos documentos, o artesão deve apresentar material necessário para confecção de uma peça de cada técnica durante o cadastro. A execução do objeto é exigida para comprovar a autenticidade do trabalho, que depois é classificado numa das categorias de artesanato: bijuteria, bordado, cerâmica (utilitária, figurativa ou artística), colagem, crochê, joalheria, madeira (utilitário, brinquedo, móvel ou instrumento musical), marchetaria, metal, modelagem, moldagem, mosaico, oshibana (prensagem de flores e folhas para confecção de cartões e outros objetos), papel, pedra, pintura, renda, tapeçaria, taxidermia (animais empalhados), tecelagem, tecido, técnicas de impressão (litogravura, pirogravura ou xilogravura), trançado, tricô e vidro.
Os produtos dos artesãos cadastrados são encontrados na loja da Sutaco, na Estação República do Metrô. O superintendente Miguel Del Busso acredita que mais de 6 mil profissionais da área deverão ser cadastrados este ano.

Dificuldades do trabalho
Marlene Augusta dos Santos, responsável pelo planejamento e Tatiana Moraes Nunes de Oliveira, que cuida da comercialização da Sutaco, explicam que uma das maiores dificuldades dos artesãos é estabelecer preços de suas mercadorias. A maioria não sabe calcular o valor da peça produzida. Alguns exageram no preço, tentando compensar o tempo que levam para executar a obra (até mesmo, pela falta de prática) e outros, vendem por preços inferiores.
A emissão de notas fiscais também veio contribuir para o desenvolvimento do trabalho. Antes, eles não podiam vender suas obras diretamente para o consumidor e para lojas, o que limitava as possibilidades de lucro.

Muitos artesãos procuram a Sutaco para receber orientações técnicas e jurídicas. Todos têm acesso ao acervo e ao banco de dados, com informações históricas e técnicas sobre artesanatos e artesãos, universidades e entidades que trabalham na área.

Com o cipó, Gecino deu o grande salto da sua vida
O pernambucano Gecino Antonio de Lima trabalha há 36 anos com o cipó imbé, encontrado apenas em matas virgens. "Minha mulher, com quem estou há 12 anos, fez uma peça. Fiquei encantado e levei para o trabalho. A obra que ela desenvolveu em menos de um dia vendi por um valor que, com certeza, demoraria a semana inteira para ganhar. Saí do serviço e comecei a fazer também", lembra.

O artesão de Miracatu, que mora e vende seus trabalhos na beira da Rodovia Régis Bittencourt, garante que pode fazer qualquer peça que o cliente queira. "Outro dia, um doutor parou aqui e perguntou se eu poderia fazer uma estante. Sem nem perguntar quanto custaria, deixou um adiantamento. Ficou um móvel tão bonito que até fiquei com medo. O cliente gostou tanto que encomendou um maior", conta orgulhoso.

"Sempre tenho a preocupação de não cortar o cipó na época errada, e assim preservar o meio ambiente. O artesão deve ter consciência da importância do manejo", ressalta Renan Carlos Novais, técnico da Sutaco, que acompanha o trabalho de Gecino há mais de 20 anos, desde que ele se cadastrou na superintendência. "Sou muito esperto. Só colho o cipó quando está maduro. Tem gente que quer tirar tudo", concorda Gecino.

Serviço
Sutaco: Avenida Angélica, 2.582 - São Paulo - Telefone (11) 3311-1231. Outras informações no site www.sutaco.com.br

Fonte: Agência Imprensa Oficial

Um pouco da História da Rodovia Régis Bittencourt - Br 116

Presidente Juscelino Kubitschek na inauguração da BR-116

Por volta de 1948, a Prefeitura de Itapecerica da Serra construiu uma estrada até Juquitiba, e apesar de suas condições técnicas deixarem muito a desejar, a possibilidade de nela trafegarem caminhões veio alterar profundamente as atividades comerciais da região que passaram a ser principalmente a extração de madeiras e a fabricação de carvão vegetal. Em 1952 esta estrada foi transferida para o Departamento Estadual de Estrada de Estrada de Rodagem (DNER).

Em 1957 o Governo Federal, Presidente Juscelino K. de Oliveira, resolveu construir não mais uma ferrovia e sim uma rodovia, a BR 116 construída quase no traçado estudado em 1903, somente aperfeiçoados por recursos técnicos mais modernos para a época. Em 1961 era inaugurada a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), projetada para receber 8.000 automóveis por dia. Em 1999, comportava mais de 32.000 veículos, dos quais 25.000 eram caminhões. Hoje em dia nem se fala quanto aumentou este trafego.

Fonte Site http://www.otaboanense.com.br/2006/not_150l.htm
e Camilo Aparecido

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pontos de Cultura do Estado de São Paulo







Fonte: Diário de Iguape
autor: Júlio Silva diretamente de Iguape

Para saber mais:

http://www.cultura.sp.gov.br/StaticFiles/SEC/edital/POntos%20de%20cultura%20divulgacao.xls

miracatuando

Batucajé e Associação Cultural Parceiros da Arte estão em festa

Maria Aparecida Silva Dutra
Coordenadora de Projetos da Prefeitura Municipal de Miracatu



Com muita alegria, quero informar a vocês que acompanham ou de alguma forma contribuem, que o projeto Ponto de Cultura Batucajé, da Associação Cultural Parceiros da Arte, da qual sou presidente, foi selecionada no edital da Secretaria de Estado da Cultura, estaremos em breve, assinando o convênio.
O Ponto de Cultura Batucajé, é um espaço que visa propiciar conhecimento da cultura e das tradições de nossos antepassados, despertando a valorização. Queremos difundir a idéia da necessidade da conscientização na preservação das nossas tradições, como forma de manter viva a nossa memória, formando uma consciência histórico-social.
O Ponto de Cultura Batucajé irá trabalhar em 3 momentos distintos:

1- Levantamento das potencialidades culturais do município, de pessoas que possam contribuir com depoimentos e experiências vivenciadas de praticas e hábitos, danças, musicas, poesias etc. Explorando o legado cultural e histórico. Levantamento de colaboradores e facilitadores que poderão fazer parte da equipe junto com equipe Coordenadora. Alguns desses trabalhos e oficinas serão realizados nas próprias comunidades como uma espécie de “Dia de Campo” com apresentações e oficinas para as comunidades locais.

2- Reunir os atores que foram levantados nas visitas e oficinas para troca de experiências e registro de suas vivencias culturais e históricas. Serão realizadas na sede do ponto, oficinas de contador de estória, oficina literária, oficina de música, palestras. Todas essas atividades necessariamente terão que ser registradas para posterior aproveitamento em um produto final.

3- Gravação de DVD com o material colhido em forma de documentário e apresentação do grupo Batucajé, com música, poesia e prosa, que será distribuído gratuitamente às escolas do município, ao Museu Municipal Pedro Laragnoit, a Biblioteca Publica Municipal Poeta Domingues Bauer Leite e as entidades. Tem como objetivo “Preservar e Difundir o Patrimônio Cultural e Histórico de Miracatu”.

As atividades serão realizadas na sede do Ponto de Cultura, num imóvel a ser alugado.
Para alcançarmos nossos objetivos, realizaremos as seguintes atividades:

- Pesquisa em campo e palestra (historiadora)
- Oficinas de contador de estória, de música e literatura
- Apresentações com o grupo Batucajé
- Gravação e distribuição de DVD com o material pesquisado

Como já dizia Eduardo Romero: "Onde a cultura se manifesta, a cidadania tem lugar garantido"




Maria Aparecida Silva Dutra
Coordenadora de Projetos
(13) 3847-7000 ramal 215

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Jehovani du Vale





Mais uma linda canção, dessa vez da nossa própria autoria!

Jehovani du Vale

"Concurso de bandas de Capivari - SP, em 2002. Eram três canções por grupo; e começamos nossa apresentação com 'Não Pare Na Pista', do Raul Seixas". Jehovani du Vale





Recordando com Jehovani du Vale



Mais uma do nosso antigo repertório. Apresentação de 1.999, em Capivari / SP.